A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Como poderiam Andréa e os Andradas andar e agir de comum acordo com sinceridade e dedicação, ele que ainda representava o pensamento da vigência de Pedro de Araujo Lima, e de seus companheiros que haviam de formar o núcleo constitutivo do partido conservador? Ele era essencialmente homem da ordem e da atividade, enquanto Antonio Carlos cortejava a opinião e deixava-se guiar por seu pendor à popularidade, nem sempre de pleno acordo com a severidade e as boas normas de governo. Ora, desde a renúncia e abdicação de D. Pedro I, o Brasil vivia sobressaltado pelas tentativas, quase todas malogradas, de quantos haviam sido beneficiados pelo regímen absolutista que a regência visara corrigir e extinguir. De norte a sul, as desordens eram frequentes sob pretextos vários. Quando o monarca abdicatário faleceu, em 1834, ainda seu nome servia de bandeira, sem a menor sombra de razão, a movimentos armados que visavam aumento de franquias e liberdades, embora, de fato, nada autorizasse a semelhante invocação. A maior e a mais importante dessas reações foi no Pará, a chamada cabanada, na qual se reunia, sob um apelativo político, a pior malta de bandidos, ladrões de gado, assassinos, e outros malfeitores. Com o mesmo nome, na Bahia, tinham surgido distúrbios numerosos, se bem que menos importantes. Feijó, regente, agia como o ministro da regência de 1832 e só conhecia um modo de por cobro às violências e ilegalidades: a força. Foi assim despachado para Belém o general Soares de Andréa; aí não poupou o inimigo, mas em 1837 os distúrbios haviam cessado e seus autores punidos, destroçados ou presos. Mais tarde, já com um intuito político, o Dr. Francisco Sabino Alvares da Rocha Vieira chefiava um movimento separatista cuja duração, dizia seu chefe, se estenderia até a maioridade do Imperador. Com elementos locais, foi subjugado em 1838, mas revelava a diátese que estava lavrando no recém-nascido Império.

Foi com esses antecedentes prenunciadores que Feijó