A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

mais do que os riveristas. De fato essa conjunção de esforços produziu na antiga Cisplatina a derrota de D. Fructuoso, e estancou a fonte de auxílios com que se abasteciam os rebeldes.

Desde novembro de 1842 começou a correspondência com Bento Manoel, reintegrado na confiança do novo presidente.

Guarneceu e deu elementos às forças das cidades do Rio Grande e São José do Norte. Na Cachoeira, no Passo de São Lourenço, acampava o exército imperial com 7.000 homens. A linha fluvial de Porto Alegre até à lagoa Mirim foi defendida com embarcações artilhadas. Caxias guardava sob seu comando pessoal cerca de 2.000 homens. Com tais contingentes julgou oportuno começar a campanha. Tinha sob suas ordens perto de 12.000 homens.

Em 11 de janeiro de 1843, deu Caxias início às operações. Ia reunir-se ao exército imperial em São Lourenço.

Foi um sucesso, pois nem sequer a travessia sempre delicada do rio de São Gonçalo, no Passo da Barra, foi suspeitada, surpreendido como foi o general Antonio Netto que a esperava mais ao norte, em Canudos, com 2.000 homens montados e mais 300 infantes, enquanto David Canabarro com o grosso do exército republicano se postava nas proximidades da Cachoeira, acima de São Lourenço. Levava o barão 1.600 infantes e 800 cavalarianos e 5.000 cavalos.

No acampamento de São Lourenço fez-se assim a junção de todas as forças imperiais a 11 de fevereiro seguinte, sem perdas, tendo o inimigo perdido uma ótima ocasião para o atacar. Essa inação repercutiu entre os rebeldes e aumentou a cizânia que já começava a lavrar entre seus chefes.

Ao contrário, ecoou como o sintoma da vitória entre os legalistas, reforçando-os e mostrando que já repercutiam na tropa os prenúncios de pacificação que se seguiam à Maioridade.