o "feudalismo dos senhores de engenho que dominavam a província, e estavam ao lado da Praia".

Afinal Alves Branco brigou com o visconde de Albuquerque; não se pôde aguentar o gabinete 2 de março, e veio como chefe do governo o visconde de Macaé (Almeida Torres). Já a feição era menos berrantemente conservadora, e Limpo de Abreu, na pasta da Fazenda, era uma promessa de respeito à Justiça e à lei. Caiu, entretanto o gabinete a 29 de setembro de 1848, por lhe faltar e apoio de Aureliano, dos paulistas, dos Ottonis e dos praieiros. Vinha substituído por um novo governo presidido pelo visconde de Olinda, o mais qualificado e temível adversário da Praia; não contava nenhum elemento desta. É dizer como foi recebido em Pernambuco. Se o governo, transitório, do visconde de Macaé, havia tido o apoio reticente e intermitente da Praia, logo abriram os deputados pernambucanos, guiados por Nuñes Machado, quando a chefia passava no ministério a seu mais temível inimigo. E, conforme o modo de pensar coevo, acentuou-se, ao se saberem as demissões feitas na província quanto à sua presidência. Chichorro que era o mais prepotente dos regalos e contra o qual se insurgiam os clamores de seu administrados, vinha substituído pelo desembargador Antonio da Costa Pinto, homem da lei e calmo. A Praia, contudo, não rompera com o precedente gabinete Paula e Sousa, apesar de arrufos mais ou menos acentuados. Com o governo do então visconde de Olinda, os dissídios tornaram-se mais fundos. De Recife, chamavam a Nuñes Machado, e afirmavam-lhe que uma revolução estava em preparo, contando ainda com os fogachos restantes das insurreições liberais de São Paulo e, principalmente, de Minas Gerais. Nuñes Machado, que havia estado à frente das eleições tumultuosas do município da Corte, sofria, como todo o país, o influxo da revolução de 1848, em França; mas já o tempo fizera sua obra apaziguadora; a luta autonomista estava já finda no Rio Grande; o incêndio de São Paulo e de Minas estava extinto, sem deixar