A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

No marechal Antonio Elisiario de Miranda Brito, nomeado a 28 de setembro, concentrou o novo governo toda a autoridade. A 3 de novembro de 1837 tomou posse.

Encontrava a situação agravada pela fuga dos presos rio-grandenses: do Rio, a 11 de março, haviam-se evadido Onofre Pires e Corte Real; da Bahia, a 10 de setembro, Bento Gonçalves. Já se achavam todos eles dirigindo forças revolucionárias. A oposição tinha acusado à última regência de descuido na custódia desses perigosos elementos.

Para aumentar as preocupações de Araujo Lima, a 7 de setembro rebentava na Bahia a Sabinada. Como no sul, o ponto de partida antes era federalista, do que de separação. Tratavam, de fato, sob o influxo do Dr. Francisco Sabino Alvares da Rocha Vieira, de fundar uma república, independente, apenas, até a maioridade do Imperador.

Baseava-se num erro, bastante generalizado por aquela época. O contraste entre o passado liberal de Feijó e a centralização exercida durante seu governo, explorado pela oposição, levara a apontar seu procedimento no caso rio-grandense como excepcional, indicando tolerância, quando não conivência, dos alvos colimados pelos rebeldes. O mesmo, pensavam o Dr. Sabino e seus partidários, aconteceria na Bahia.

A súbita renúncia, porém, subvertera as previsões; e os preparativos, já muito adiantados, só permitiam esperar desfecho favorável, se fosse imediato o rompimento com o Centro.

Não era novo este fermento autonomista. Em graus diversos havia aparecido em 1817, em 1824, nos movimentos posteriores a 1831. Ao contrário do que se notava no sul, ádito à violência militar, nas lutas do norte sempre se apelava para o elemento civil, para a organização do governo novo que se intentava fundar.

A administração legal, como em 1822-1823, instalou-se na Cachoeira. O desembargador Honorato José de Barros Paim, segundo vice-presidente, assumiu o mando, pois o presidente efetivo, Francisco de Sousa Paraiso, fraco