A instrução e o Império - 1º vol.

Academia Militar, cujos estudos não tinham prosperado como disse o deputado paulista. "Para corroborar a sua asserção leu e mandou à mesa uma relação dos discípulos matriculados naquela academia, de 1815 a 1823 e concluiu que tais estudos eram supostos. Sem embargo do conceito que formo das luzes deste ilustre colega dirá que o seu discurso labora em um sofisma a que os lógicos chamam non causa pro causa. Porque havendo nesta Corte outras academias seria necessário que se mostrasse que nenhuma delas tem vingado. Existe a Academia de guardas-marinhas, e não se disse que era inútil e suposta, porque chamaria contra esta asserção grande número de dignos oficiais da marinha de guerra que ali adquiriram os conhecimentos próprios de sua honrosa profissão... E a multidão de pilotos que na marinha mercante fazem florescer o comércio, ali adestrados... Acha-se em atividade a Academia médico-cirúrgica e não se nega que ela suplantou o cego empirismo.. Porque fatalidade caiu o anatema sobre a Academia Militar?... Um nobre deputado avançou que ela era mal dirigida, sem dúvida tendo em lembrança, que o orador era um dos membros da junta de direção. Lembra, entretanto os nomes de Napion e Stockler e outros sábios que ainda existem nesta Corte, e que precederam nesta penosa tarefa. Será pela incapacidade de lentes? Restava examinar-se este mal. Provirá dos alunos ou mesmo da imperfeição do estabelecimento? Cumpre confessar que a vicissitude das circunstâncias políticas que ocorreu desde a sua criação fez que, alguns ramos, ela não tenha tocado aquele ponto de utilidade a que era destinado. Ainda aí desejam um gabinete de física, um laboratório químico mais completo, um observatório e outros recursos. Quem