altura, tinham os rapazes calculado as lições de maneira que chegando ao fim do ano chegavam a saber o ponto do exame. Eu lhes adverti que se não iludissem com isto, porque alguma vez viria examinador que mudasse de livros; não acreditavam, porque realmente eram só as Odes de Horácio e o Tito Livio que se davam para exame; mas enfim um deles, que eu não julgava habilitado para exame, apresentou-se para ele, mas sabendo que se ia examinar por outro autor. Virgilio; o meu aluno ausentou-se, não quis fazer exame, foi para casa, preparou-se, fez o seu ensaio, e apresentou-se no fim de 15 dias para exame... Outro escândalo, este ouvido de um diretor interino da Faculdade de direito (Olinda): em um exame de francas, o examinando nem palavra disse: entretanto, o examinador assim fala: você não sabe francas, mas espero que o saiba e... aprovou o estudante". O deputado por Pernambuco, padre Venancio Henriques de Rezende, ao concluir este depoimento disse que esperava que os estatutos das Faculdades, refundidos, como mandava a resolução legislativa, dessem remédio a estes e outros escândalos nos estudos de humanidades.
Em 1851 a Câmara recebeu do Senado um substitutivo ao seu projeto, aprovando os estatutos das faculdades de medicina. A resolução da Câmara Alta limitava-se a autorizar ao governo a refundir os estatutos dando bases, de todos os cursos superiores. Houve aceso debate tomando parte nele os deputados Zacarias de Góes, Sayão Lobato, Paulo Fonseca, Paula Candido, criticando uns, apoiando outros, as bases que autorizava a nomeação de diretores, e penas disciplinares aplicadas aos estudantes. O substitutivo do Senado foi rejeitado. Houve fusão das câmaras, de acordo com dispositivo constitucional, e rejeitadas novamente as emendas.