A instrução e o Império - 1º vol.

para estes objetos uma consignação de dois contos de réis". Em 1846 volta o governo a dizer à Assembleia Geral da mudança premente do edifício da Escola da Corte: "A necessidade desta mudança insta; o governo tem lançado a vista para diversas partes. Há na Guarda Velha um edifício vasto e sem repartimentos interiores podendo por isso facilmente proporcionar às necessidades da Escola; o teatro anatômico pode ser provido de água; oferece espaço para um horto. Os inconvenientes consistem na distância a que fica do Hospital da Santa Casa para as lições de clínica e na necessidade de serem transportados pela cidade os cadáveres da Santa Casa para servir na aula de anatomia. Este último é sem dúvida de muito peso. Se esta ideia merecer a vossa aprovação penso que com 80 contos se poderá pôr o edifício em estado de servir... Reclamo também a vossa atenção para a falta que a Escola experimenta de instrumentos de ótica, de acústica e mecânica e outros principalmente de cirurgia. A Faculdade pede a transferência para o 2º ano da cadeira de botânica..." E o Ministro repetia que a Escola da Bahia sentia das mesmas necessidades...

Em 1847 se repetiam as mesmas queixas: más acomodações e ausência de instrumentos e outros objetos indispensáveis ao ensino.

No ano seguinte (1848) assinala o relatório com mais precisão as falhas do ensino prático, tendo antes dito que os trabalhos da Escola do Rio de Janeiro tinham sido regulares e proveitosos. "Reclama este estabelecimento melhoramentos indispensáveis: os seus diferentes gabinetes estão baldos de aparelhos; o de física carece de instrumentos de acústica, e muitos quase tem inventado ou melhorado na Europa; ao de cirurgia faltam os precisos para as preparações e diversas operações práticas; o anatômico, além desta falta,