A instrução e o Império - 1º vol.

faltam os estudos jurídicos que o tesouro pode pagar sem grave encargo. Eis, pois, uma universidade quase formada. Em qualquer outra parte é preciso criar tudo. Esta arte já é uma das mais sadias partes do Brasil, pelo progresso das bemfeitorias públicas e culturas circunvizinhas. Parece conter grandes princípios vitais que resistem aos defeitos do local".

O Sr. Manoel Jacintho Nogueira da Gama (Rio de Janeiro) diz: "decrete-se quanto antes o estabelecimento de universidades e colégios em geral, quantos se julgarem necessários para a fácil e cômoda instrução dos síditos do Império, cujos estabelecimentos se irão para o futuro sucessivamente coordenando nos lugares que se reconhecerem mais apropriados; mas desde já principie-se pela pronta criação de uma universidade nesta arte, onde já temos quase todos os elementos necessários para a sua composição. Além das aulas de primeiras letras, temos as de gramática latina, de filosofia racional e moral, de grego, francês, inglês e desenho; temos uma academia militar, outra de marinha; temos aulas de zoologia, mineralogia, botânica, física, química; temos uma academia médico-cirúrgica e hospitais para os exercícios práticos; temos um rico museu, instrumentos astronômicos, um bom gabinete de máquinas físicas. Falta-nos somente um curso jurídico... O pequeno aumento de despesas que se deverá fazer com um tal estabelecimento não nos deve embaraçar".

O Sr. J. da Silva Lisboa volta ao debate, insistindo sobre a sede da universidade na arte. "Uma razão poderosa que ocorre a mais para tal preferência; é para que se conserve a pureza de pronúncia da Língua portuguesa que, segundo Camões, com