A instrução e o Império - 3º vol.

Quem refletir com calma presume que concluirá pela conveniência de passarem a ser feitos exclusivamente nos liceus, quer o que o se estabelecer na Corte, quer nos que se estabelecerem nas províncias, por esse modelados... Custa a crer que em um país de aspirações tão livres se tenha centralizado tanto a instrução... Vai demonstrar que se pode criar um liceu na Corte sem ônus para o Estado, somente com as somas que hoje despende bem pouco utilmente com os exames de preparatórios. Na Faculdade de direito do Recife apresentaram-se a exame 1524, sendo 1370 de aulas externas e 154 do curso anexo; foram reprovados 344; o relatório não diz quantos do curso anexo. Matricularam-se na Faculdade 271. Na Faculdade de direito de São Paulo apresentaram-se a exame 746, sendo 669 de aulas externas e apenas 77 do curso anexo; foram reprovados 64; o relatório não diz quantos pertenciam ao curso anexo. Apresentaram- se a exame em 1875 na Instrução Pública da Corte, 3475, sendo 2.239 em línguas e 1236 em ciências; foram reprovados 877. Em 1876, apresentaram-se 2106, sendo 1306 em línguas e 740 em ciências; foram reprovados 399. Em 1875 deixaram de completar os exames 579 e em 1876 apenas 131. E deixaram de ser examinados 572 por falta de tempo. Fazendo-se o cálculo pela diária com que são remunerados os examinadores da Corte, o serviço dos exames custou 23:410$. Como cada aluno paga no ato da inscrição 5$, esta verba de receita produziu 15:240$; houve pois um déficit de 8:120$. Distribuida esta soma pelos examinandos vemos que os alunos reprovados custaram ao país 5:852$ ou cerca de 6$800 cada um; isto é, mais do que a quantia com que concorre no ato da inscrição. Em 1876 custaram os exames 18:510$; descontada a quantia produto da inscrição que foi de