mais geralmente usados, quer para o levantamento de plantas em topografia, quer para o estudo das correntes de água. Acham-se ainda em começo de organização as coleções de zoologia e botânica; entretanto já se contam alguns tipos de plantas das imediações de Ouro Preto, e o respectivo professor está preparando uma coleção de conchas dos moluscos da costa do Brasil. Sendo a água o motor de todas as explorações de minas na província de Minas Gerais, e, dependendo muita vez unicamente da demora das chuvas o êxito da lavra diamantina no Jequitionha e seus afluentes, há o maior interesse em procurar determinar as leis que regem a periodicidade das chuvas e dos ventos. Tendo o diretor da Escola proposto que se criasse ali um pequeno observatório meteorológico, de cuja direção se encarregaria, foi resolvido a indicada criação e autorizou-se a despesa de 1:600$ com a compra do material necessário. Autorizou-se também a despesa de 600$ com a aquisição de um motor a gás para a máquina de Gramme já existente no gabinete de física. Por conta do exercício financeiro de 1880/1881 foi ainda autorizada a despesa de 4:000$ com a compra de instrumentos, aparelhos, modelos e reativos para os gabinetes da Escola. A biblioteca recebeu diversas publicações estrangeiras, assim como as obras completas de Belgrand, oferecidas ainda pelo senhor Delessé. Os importantes trabalhos científicos executados naquele estabelecimento tanto pelos professores e repetidores, como pelo ilustrado e zeloso diretor, sugeriram a ideia de uma publicação destinada a tornar conhecidas as riquezas minerais do país e vulgarizar os meios de aproveitá-las. Esta ideia acaba de ser realizada com o aparecimento dos "Anais da Escola de minas de Ouro Preto" em que se nos deparam,