não porque as pessoas não sejam muito capazes, não tenham ilustração sobre literatura etc., mas porque não têm a instrução precisa, profissional, porque não conhecem a ciência da administração. A este respeito interroguem a consciência dos senhores ministros quando entram para o ministério; é preciso que eles trabalhem por si ou tenham um amigo muito dedicado que lhes ajude, e às vezes as informações de que precisam existem na Secretaria, nos arquivos sem que se dêm por elas. Quais os homens que entre nós têm aprendido a ciência da administração, que se têm aperfeiçoado na ciência administrativa, com o ensino necessário bebido em uma escola? Talvez nenhum. Tudo o que sabem os nossos funcionários em geral têm aprendido por experiência ou trabalho particular, feito depois de empregados. Dai todos os males que lamentamos... Os nossos empregados da administração são em geral homens rotineiros que à força de uma cega prática que adquirem nas estações públicas obtém um conhecimento maquinal das formas e estilos adotados, das leis e regulamentos mais em uso, sem que procurem compreender a adoção de uma ideia de melhoramento e de progresso. Entre eles talvez se conte um pequeno número de homens superiores, que a si mesmo, a seus esforços particulares devem a sua educação. A instrução destes últimos é a maior parte das vezes um instrumento inútil, senão infeliz, porque nem são compreendidos por seus chefes, nem por seus subordinados, e quando empreendem algum melhoramento, não são sustentados, nem pela administração (exceto se é negocio fiscal) nem pelos que os rodeiam... Creio necessária uma Escola de direito administrativo e de administração. Qual será a soma precisa? Dir-se-á talvez