administrativas e o conhecimento das leis e estilos aplicados mais frequentemente; já os legistas predominavam, e preenchiam até as funções elevadas, já os rotineiros se elevavam às posições mais eminentes; em ambos os casos o resultado era o mesmo: os negócios eram manejados por homens destituídos de apropriada e necessária instrução, e por conseguinte ligadOs servilmente à rotina mais cega... Bom legista, mediocre administração, eis o que se pensa geralmente observa o professor alemão. O espírito de legistas acostuma-se a sutilezas casuísticas, à ciência ou arte do comentador, aquilo que é especial para a interpretação das leis, o que demanda o estudo das "institutas do direito romano" ou do direito civil e de instrução. Este espírito que adquirimos nas escolas e que levamos a toda parte, e é prejudicial à administração... Apresenta-se uma ideia e eu fujo dela, reprovo-a, não pelo simples fato de ser uma inovação, mas porque não a sei aquilatar, temo-a como as nossas velhas temiam a iluminação a gás, supondo que o Rio de Janeiro ficaria em brasas na hora em que começasse. Os nossos homens que se acham na carreira administrativa, não digo os do Conselho do Estado, e do Ministério, porque temos homens bastantes ilustrados, mas em empregos menos elevados, que juízo fazem de um administrador ou de um empregado hábil, como o avaliam... É neste estado deplorável em que nos achamos... Assim se explica a maior soma de aposentadorias que se baseia na falta de aptidão dos indivíduos. O governo não tem onde escolher, e as substituições dos aposentados, de ordinário, são em prejuízo do público. A reforma das secretarias de Estado, umas após outras, o provam; de modo que qualquer instituição nova é logo estragada por falta de pessoa idônea,