A instrução e o Império - 3º vol.

que constituem a ciência da pedagogia, para utilmente dirigir a cultura da inteligência jovem; em uma palavra, é necessário que o Estado tenha sempre uma reserva de futuros professores e que os vá fornecendo à proporção que o forem exigindo as circunstâncias e as necessidades do ensino. Para se alcançar este fim essencial para o aperfeiçoamento da instrução primária duas instituições tem sido ensaiadas, e acham-se ambas estabelecidas em diversos países, onde tem produzido bons resultados, quero falar das Escolas normais e dos professores adjuntos ou alunos mestres. Da primeira destas instituições pouco proveito se tem colhido no Brasil, e parecendo-me que se deve atribuir a ensaios mal dirigidos e à pratica pouco exata da instituição, do que a defeito inerente à sua natureza, inclino-me a crer que ainda não é decisiva a experiência e que não se podendo por ora condenar como improfícuas as Escolas normais, seria conveniente tentar novos ensaios estudando previamente com circunspeção e madureza os obstáculos que impediram produzissem elas os excelentes resultados que vemos em outros países." Estas considerações sobre o ensino normal são as primeiras que encontramos em relatórios oficiais depois de 1848; assina-o o Conselheiro Eusebio de Queiroz Coitinho Mattoso da Camara, senador do Império, e no momento exercendo as funções de Inspetor Geral da Instrução no Município da Corte.

1860. Neste ano o Inspetor geral assinala ainda: "É portanto o elemento essencial ao progresso do ensino público primário da Corte, cujo sistema seria incompleto sem um estabelecimento destinado a formar professores para o exercício do magistério público..." Depois de mostrar a insuficiencia de preparo