dizer que as províncias levaram assinalada vantagem ao Município Neutro. Aquelas já contavam diversas quando na Corte o governo instalou a primeira em 1880. Acerca do número e organização das escolas provinciais nenhuma informação posso dar, por falecerem dados seguros de estatística." A Escola da Corte desde o princípio trouxe um vício original; o governo abriu-a com professores interinos, declarando expressamente o decreto de 1880 que todas cadeiras seriam postas em concurso, onde aqueles não teriam o direito de preferência, sem mesmo salvar-se o caso de igualdade de condições. É certo que a tão esdruxula disposição fez justiça sumária o decreto de 1881, mas ainda hoje subsiste a injustificável interinidade, a qual simplesmente significa que se pretende formar bons professores dando-lhes para preceptores indivíduos em cuja ciência o governo justa ou injustamente, parece não confiar. Daí resultou para a Escola uma espécie de desprestígio, do qual dificilmente se levantará... Os frutos de semelhante instituição têm sido resumidos. Este ano (1883) funcionam os cursos pela quarta vez, e apenas há alunos na 2ª série... A Escola é mixta a pretexto de economia. Formam-se professoras e professores com o emprego dos mesmos métodos, pelos mesmos mestres, e nas mesmas aulas, e isto num país onde os dois sexos vivem em completo divórcio de ideias e de costumes, consequência de uma educação tradicional. O resultado tem sido ao mesmo tempo interessante e inesperado. Deu-se um desequilíbrio desanimador entre a frequência de alunos dos dois sexos: o masculino desceu a um algarismo diminuto, ao passo que o feminino subiu de modo que, quem visita a Escola supõe no primeiro momento que é exclusivamente destinada a mestras. Apesar dessa