A instrução e o Império - 3º vol.

dos governadores do Estado com os réis de Portugal revela que a ideia começou a realizar-se em princípios do ano de 1748, algum tempo depois da chegada do padre Jesuíta Malagrida àquela capitania. O de Maranhão deve ser ou de 1747, época em que ali chegou o dito padre, fazendo jornada de Pernambuco e Ceará pelos sertões da Paraíba, ou de 1750, porque supõe-se ter ele voltado de Pará para o Maranhão dos navios da menção deste ano.

O de Nossa Senhora da Graça de Olinda foi criado pelo bispo D. José Joaquim de Azevedo Coutinho. A sra. D. Maria I por carta régia de 22 de março de 1796 doou-lhe o colégio e igreja dos Jesuítas com todas as alfaias e cerca anexa, e ainda que só a 10 de junho de 1800 comunicasse o bispo a sua abertura a folha literária do seminário começou a ser paga desde março de 1799.

Na Bahia houve anteriormente o seminário de São Damaso, fundado em 1815 pelo arcebispo D. Fr. Francisco de S. Damaso de Abreu Vieira. O que atualmente existe abriu-se a 6 de abril de 1834.

Os dois pequenos seminários são de mais fresca data. O do Rio Negro foi fundado pelo atual bispo do Pará D. José Afonso de Morais Torres na viagem que fez àquela então comarca, à custa de uma subscrição que S. Ex. Revma. promoveu, e que montou a réis 5:314$060. Abriu-se este a 14 de março de 1848 e o de São Vicente de Paulo na Bahia em princípio do ano corrente (1852).

Não sei qual seja o estado material do seminário do Rio Negro; quanto a edifício é de supor que não seja mau para a terra, pela compra que se fez de uma casa com acomodações para trinta seminaristas. Devo acrescentar que por esta compra se achava aquele estabelecimento em divida de 3:500$, ainda