A instrução e o Império - 3º vol.

no ano próximo findo. O de São Vicente de Paulo, não tendo casas próprias, carece de as ter alugadas; mas o que são propriamente seminários os quatro do Pará, Maranhão, Pernambuco e Bahia, estão no material, em miserabilíssisno estado.

Quanto ao do Pará, não querendo recorrer ao discurso do ar. Arcebispo da Bahia, proferindo na sessão da Assembleia legislativa de 15 de junho de 1827, temos o relatório do general Andréa de 2 de março de 1845, em que se lê qual a ruína em que se achava o edifício, resultante da revolução, por que acabava de passar aquela província, sendo este um dos que mais sofrera. Os concertos, que depois se fizeram, são tão insignificantes, que ainda deixam ver não pequenos vestígios da revolução. Em 1851, quando o visitei, tinha apenas uma sala para os atos literários e alguns cubículos para os internos, onde dormiam aos três e aos quatro, segundo as idades.

No de Santo Antonio do Maranhão dizia o sr. Moura Magalhães em 1841 (o que hoje se pode repetir), que não tem acomodações senão para 20 internos: faltam quartos e salas, para as aulas, por tal forma que um dos seus professores tinha de lecionar em um corredor; e que, não havendo dormitórios, senão cubículos e poucos, sem que por outro lado tivesse a casa rendas para pagar a inspetores ou vigilantes, notava-se nela todos os vícios de um internato, e de um internato mal constituído.

O de Nossa Senhora da Graça de Olinda deixou de receber internos pelo excesso, que apareceria da despesa sobre a receita; e por que, como escreveu o bispo ao ministro da Justiça estava em tal estado de ruína, que não podia ser habitado sem perigo.

Quanto ao da Bahia, que funciona no convento de Santa Teresa, repetirei o que a seu respeito deixei