A instrução e o Império - 3º vol.

geral o ordenado de alguns dos seus professores, de latim, francês, grego, retórica e filosofia. Vê-se pois que estas prestações não são proporcionais, nem às rendas da província, que as faz, nem às suas despesas com a instrução, nem à importância da diocese.

Os alunos, que frequentam estes estabelecimentos, são internos ou externos: contam-se entre os primeiros os numerários que são sustentados pelo Tesouro da província, e no Pará, também os acólitos ou meninos do coro educados à custa do Tesouro geral; os adidos ou gratuitos admitidos ao internato à espera de alguma vaga; e os pensionistas, que pagam mensalidades: os externos recebem instrução inteiramente gratuita exceto na Bahia, onde pagam 4$000 por matrícula.

As mensalidades dos pensionistas são maiores ou menores, segundo as províncias; mas em geral são módicas. No seminário do Pará e Rio Negro pagam 10$000 por mês: no de Pernambuco não há internos; no de São Vicente de Paulo 200$000 anuais, e metade os meio-pensionistas. No Arquiepiscopal 160$ e no Maranhão, em 1851, dos pensionistas existentes pagava um 10$000 mensais; quatro 15$000, outro 16$000, dois 18$000, outro, enfim, era gratuito.

Sobre as matérias do ensino, ainda neste ano começou a trabalhar o de São Vicente de Paulo, que se ocupa com estudos preparatórios; destas matérias tem o do Pará algumas cadeiras próprias; o do Maranhão, extintas as que existiam pela lei provincial nº 282, ficaram apenas as de filosofia e inglês, cujos professores se prestaram a continuar a servir gratuitamente. O de Nossa Senhora da Graça não as tem;