províncias eclesiásticas. A geografia sagrada e eclesiástica e a civil e profana são tão unidas, que o aluno, que estudar a primeira ficará com bastantes noções da segunda. A história pois acompanha a geografia, deveria ser também a sagrada e eclesiástica. Os seminaristas gastariam no liceu o tempo inutilmente com o estudo da história profana, da qual obteriam grande cópia de ideias, e o essencial para eles com o estudo da história sagrada e eclesiástica. E, porque convém que os sacerdotes sejam letrados e ilustrados, que saibam melhor a Bíblia do que o comum dos fiéis e sabedorias da interpretação, que lhe deram os padres da igreja, os quais não escreveram somente em latim deveriam ser obrigados ao conhecimento do hebraico e do grego, ou do último somente. Quanto aos estilos propriamente teológicos, têm estes autoridades competentes: no entretanto parece-me bastante a qualquer sacerdote a teologia moral, e a dogmática, exegética e liturgia. É necessário o direito natural na Bahia, em cujo seminário não fazem os alunos exames de filosofia moral; mas o direito eclesiástico e as instituições canônicas, com o breve tempo, em que de ordinário se fazem os outros estudos, nem bastam para um grau em teologia, nem são de muita utilidade na vida regular do Sacerdote. (Do relatório Gonçalves Dias, 1852).