A instrução e o Império - 3º vol.

privarem as províncias de benefícios, a que estão afeitas de longa data, e a que se prendem muitos interesses legitimos." Assinaram este parecer, 12 de agosto, os senhores deputados Duarte de Azevedo, J. Juvencio Ferreira de Aguiar e Francisco Bonifacio de Abreu. Deixando o governo em setembro do mesmo ano de 1870 o ministro Paulino de Souza, a Câmara não se interessou mais pelo projeto.

O ministro João Alfredo, em 1871, pede a audiência dos institutos superiores sobre o projeto. Dos pareceres só encontramos traços em um relatório do diretor da Faculdade de medicina da Bahia (1871).

Parecer da comissão de professores da congregação da Faculdade de medicina da Bahia: "A comissão incumbida de dar parecer sobre o projeto de reforma da instrução pública apresentada à Câmara dos deputados pelo ministro Paulino de Souza, e mandada a esta congregação pelo atual ministro do Império conselheiro João Alfredo, conformando-se com as ideias exaradas na lei que tende a reformar o ensino, entende que é da maior conveniência a criação de uma universidade na capital do Império, contanto que essa instituição, que o progresso aconselha, não possa prejudicar às faculdades das províncias, cuja continuação poderia ser obstada sem grave lesão de antigos direitos muitos legalmente adquiridos e real detrimento à instrução superior ou primária: seria mal de fácil demonstração e cujos perniciosos efeitos não se farão esperar muito tempo... Lembra a comissão que os estatutos da nova organização de ensino superior da capital do Império, cujas disposições devem regular até certo ponto os trabalhos das faculdades das províncias, devem merecer especial atenção da parte do governo, não só as medidas que tratam de favorecer a classe de opositores,