A instrução e o Império - 3º vol.

Demetrio Cicrácio Tourinho. A comissão deu uma "refusão" à emenda acima. "A congregação conforma-se inteiramente com o projeto de lei em questão sobre a reforma do ensino secundário e recordaria apenas a criação de escolas profissionais, onde as classes operárias achassem meios de aproveitar a sua natural inclinação; porque só desta forma, teremos artistas dignos de uma nação, que procura caminhar nas largas vias do progresso, além de que mandam a justiça e nossas instituições políticas que não sejam atendidas somente as necessidades das classes protegidas, coisa que poderia trazer em futuro não muito remoto graves e perigosos resultados. Julga esta congregação que a fundação de uma universidade é muito digna da sabedoria do governo imperial e um grande fato histórico no desenvolvimento social, científico e literário. Ela, portanto, aceita e aplaude o ato do governo, até porque está convencido que o governo olhará da mesma sorte para as faculdades das províncias, cuja continuação não poderia ser obstada, sem gravíssimos prejuízos à instrução pública do país e ainda a direitos legal e legitimamente adquiridos. O contrário fora em lugar de melhorar o ensino, fazê-lo retrogradar a tempos piores, porventura de que os coloniais. A centralização da instrução pública é muito mais perigosa do que a centralização administrativa em geral, fora em nossas condições sociais e políticas um atentado de funestas consequências. Esta Faculdade, pois, cônscia de que os seus direitos e das suas irmãs provinciais serão com o mais severo escrúpulo respeitados pelo governo imperial, passa a tratar das suas mais urgentes necessidades aproveitando a ocasião para uma vez ainda pedir ao governo o que muitas vezes tem feito: — 1º- organizar o gabinete de história