Depois do deputado mineiro, o sr. Franklin Doria (do Piauí) "entra no debate impelido pela convicção de que, entre nós, a liberdade do ensino superior precisa ser aplicada em sua plenitude; precisa mesmo quando não fosse como elemento de progresso de alta cultura científica e literária, só porque é a liberdade... São muito poucos os ramos de alto saber humano representados nas nossas instituições científicas. Cifra-se a nossa instrução superior nos cursos das faculdades de direito, nos cursos das duas faculdades de medicina, e nos da escola politécnica, não falando na de Ouro Preto, que ainda não funciona regularmente. Distinguem-se todos estes cursos por seu caráter teórico; essencialmente teóricos nas faculdades de direito; com quanto o ensino experimental ultimamente se tenha desenvolvido um pouco nas escolas médicas e politécnica, ainda nestes estabelecimentos ele é menos prático que teórico... Além disto o ensino mais ou menos teórico que se dá entre nós não é suficiente, porquanto estes institutos não estão dotados de todas as cadeiras exigidas pelo progresso da instrução superior. As escolas jurídicas não têm cadeiras de legislação estrangeira e de história do direito pátrio; ainda: uma de medicina legal, outra de introdução geral à ciência do direito ou enciclopédia jurídica. Não é menos indispensável uma cadeira de direito financeiro, em uma época em que as questões de finanças e de orçamento assume preponderância nos governos parlamentares; não basta que se ensine economia política. Assinalo ainda que os estudos mesmos professados nas cadeiras existentes muitas vezes não se completam. O mesmo inconveniente se dá nas escolas de medicina. Não é mais lisonjeiro a situação da docência; nomeados os lentes propriamente pela vontade do governo