durante o exercício de suas funções ainda estão subordinadas à sua autoridade; percebem escassos vencimentos e são por isso forçados a distrair-se do magistério ou acumular alguma outra profissão. Enfim quando já se acham gastos pelos anos e pelo trabalho jubilam-se, ainda sem recompensa digna e sem esperança de montepio ou pensão para suas famílias. Por outro lado qual o alvo daqueles que seguem os cursos superiores? Aquisição desinteressada da ciência? São muitos fracas ainda as condições de admissão aos cursos superiores, entre nós. As habilitações para a matrícula consistem apenas no exame de alguns preparatórios, cujo número varia segundo a categoria do estabelecimento. Os candidatos à Escola politécnica não precisam saber nem latim, nem retórica, nem filosofia... Mas o que há de caraterístico é que os nossos jovens, pela maior parte, estudam os preparatórios no intuito de se habilitar a prestar exames obrigatórios e matricular-se nos cursos superiores; seguem estes cursos dominados da preocupação quase exclusiva da obtenção de um diploma que lhes permita ocupar uma posição, mais ou menos brilhante, mais ou menos lucrativa. Indica apenas uma propensão, que é acoroçoada pelo caráter e costumes nacionais; é uma espécie de passe para as profissões liberais ou para as funções públicas. Mas o que grandemente concorre para alimentar essa propensão é a organização do nosso ensino público superior, a qual ainda não tem requisitos suficientes para inspirar aos jovens estudantes o amor e o gosto desinteressado da ciência... A organização do nosso ensino superior também sente da falta de liberdade administrativa dos corpos docentes. Os diretores são nomeados pelo governo; o governo é quem faz a primeira nomeação de professores,