dos sócios e de outros relativos a pontos concernentes à geografia e da história pátria. Entre aqueles trabalhos merece especial menção o projeto de instruções que o Instituto ofereceu ao governo e que este aprovou, para a comissão científica de naturalistas nacionais que têm de explorar algumas das Províncias menos conhecidas do Império. A revista trimensal, regularmente publicada, tem apresentado muitos trabalhos importantes. A consignação anual de 4:000$000 com que concorrem os cofres públicos para a manutenção do Instituto, tem sido aplicada às suas despesas. Não tem sido possível ainda fazer-se a impressão dos manuscritos de grande interesse que existem no seu arquivo por falta de meios; conviria, pois que além daquela subvenção lhe fosse prestada alguma quantia por uma só vez para auxiliar a dita impressão, ou pelo menos a dos documentos mais importantes. A história e a geografia não podem deixar de merecer a mais especial atenção dos poderes do Estado. Cada geração tem com as seguintes o dever de concorrer para o seu desenvolvimento, e para que não se percam nem as tradições nacionais, nem a notícia de objetos cujo conhecimento possa interessar o futuro. O governo tinha mandado à Europa o doutor Antonio Gonçalves Dias com o fim de colher dos arquivos dos países estrangeiros, e principalmente dos de Portugal e Espanha, documentos que pudessem servir para tal fim. Havia ele já adiantado alguns trabalhos desta natureza; mas entendendo o governo que convinha separar esta comissão da outra de que também se achava incumbido, relativa à instrução pública, a fim de poderem ter ambas maior impulso, nomeou para substitui-lo, na que se trata, o comendador João Francisco Lisbôa, cujos conhecimentos literários e gênio