A instrução e o Império - 3º vol.

Maranhão, Almeida e Oliveira, dava a estudo de seus pares um outro projeto de ensino integral.

Todo este grande esforço em prol da instrução foi ignorado pela Coroa, pois, em 1883 abrindo as sessões legislativas dizia apenas na Fala "o governo não tem descurado do ensino público."

Nos anos de 1884, 1885 e 1886 as Falas de Trono continuam a ignorar a situação de atraso (segundo os relatórios dos ministros do Império) da instrução pública. Absoluto silêncio.

1887. "Reconhecida a necessidade da reforma do ensino em seus diversos graus, espero, diz a Fala, que tomeis em consideração o projeto que vos foi apresentado sobre o ensino primário e secundário; bem assim a proposta que vos será submetida alterando os estatutos das faculdades de direito." O projeto a que alude a Fala foi elaborado por uma comissão nomeada pelo ministro Barão de Mamoré e oferecida à Câmara pela sua comissão de instrução. O projeto não sofreu debate e foi arquivado quando o ministro deixou o poder. A Coroa não lhe faz nenhuma referência em sua Fala de encerramento. "A constância com que aplicastes aos diversos assuntos de interesse geral é digna de louvor. As leis anuais e outras de menor importância, mas de evidente utilidade, dão testemunho do vosso zelo pela causa pública. Confio que na próxima sessão (1888) resolvereis sobre os projetos de reforma judiciária, das municipalidades, da lei de terras públicas e da repressão mais prontas de alguns crimes contra a segurança individual e da propriedade, já votados na Câmara dos deputados e pendentes da deliberação do Senado." Sobre o projeto de reforma de instrução nem uma discreta referência...