A instrução e o Império - 3º vol.

que, por muito simples, não deixam de ter máxima importância para o desenvolvimento do ensino superior. São elas: a inscrição livre para o exame nas faculdades e a permissão de abrir cursos e estabelecimentos livres desse ramo de instrução." O projeto não interessou nem a Câmara, nem ao governo.

1878/1879. Apesar do ministro Leoncio de Carvalho ter decretado uma reforma de ensino (decreto de 19 de abril), cometendo uma "irregularidade original" no dizer de Ruy Barbosa, a Fala do Trono continua a desconhecer o problema da instrução popular.

A Coroa em 1882 agradece à Legislatura às migalhas orçamentárias em favor do ensino nestes termos: "aproveitando os recursos que dotaste à instrução pública, o governo procurou melhorar o seu estado; e prosseguirá neste empenho." É tudo o que diz a Fala na abertura da Assembleia Geral Legislativa.

1881. Ainda o silêncio. No ano seguinte, estas singelas linhas: "A instrução pública que muito especialmente vos recomendo, continua a merecer os assíduos cuidados do governo." Entretanto há três anos a comissão de instrução da Câmara, pelo seu eminente orgão Ruy Barbosa, estudava a reforma decretada pelo poder executivo, em 1879. E em abril de 1882 oferecia aos poderes públicos os elementos de uma grande remodelação do ensino secundário e superior. Em setembro, completava o seu plano com o projeto de reforma do ensino primário. Esta obra exaustiva era ignorada do governo. E ainda, dias após a apresentação do parecer e projeto substitutivo do deputado bahiano, um outro deputado pelo