nem compreendem o mesmo espaço de tempo. Ora, é por demais evidente que impossível seria a comparação entre fatos que não coincidem e que se passaram em época encontradas, e que o trabalho estatístico que partir de um princípio falso e vicioso em sua origem nada significa, sendo que nenhuma consequência luminosa e instrutiva dele se poderá deduzir. Finalmente, para que o estudo comparativo da instrução primária e secundária entre as Províncias fosse completo, seria necessário que os elementos tivessem o mesmo ponto de vista; a estatísica exige uniformidade e harmonia, e essa não se encontra nos documentos de que o relatório do Inspetor geral da instrução da Corte deverá extrair os dados gerais únicos instrutivos nesta matéria. Assim qualquer que seja o ponto de vista por que se queira encarar a instrução pública do país, acham-se incompletos os meios e faltam os indispensáveis recursos."
Nos relatórios do Marquês de Olinda de 1863 e 1864 a abstenção governamental sobre o assunto persiste.
1865. No relatório do Inspetor, anexo ao do ministro, aparecem quinze quadros sobre o ensino primário e secundário provincial. Deles não constam o número de escolas de instrução elementar, mas apenas o dos alunos de cada sexo inscritos nos estabelecimentos públicos e privados, que existiam no Amazonas, no Ceará, em Goiás, no Maranhão, no Pará, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Piauí, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul, e em São Paulo, e mais a quantidade de discípulos das aulas públicas, somente, que funcionaram em Minas Gerais.