nacional, o Brasil será dos brasileiros, e livre". Terminava, exaltando ao imperador constitucional o Senhor D. Pedro II, criança de pouco mais de cinco anos, órfão de pai e mãe, bem se podia dizer, no refúgio do paço da Boa Vista, em São Cristóvão.
Não perdeu tempo a regência. A 9 decretou o perdão geral de todos os brasileiros condenados ou mesmo pronunciados por crimes políticos; igual perdão para os réus de deserção, voltando logo a seus corpos os que estivessem presos, e os outros no prazo de três meses. Quatro dias adiante, proclamava o governo a necessidade de paz; o ex-imperador já havia partido; os inimigos eram tão poucos e tão fracos, que não mereciam consideração, embora a regência velasse como se muitos e fortes fossem. "Mas se nada temos a temer de nossos inimigos, devemos temer de nós mesmos, do entusiasmo sagrado do nosso patriotismo, do amor pela liberdade e pela honra nacional, que nos pôs as armas nas mãos. Vossa nobre conduta, vossa moderação depois da vitória, pode servir de modelo a todos os povos do mundo; não lanceis nele a mais pequena mancha, e continuai a dar-vos recíprocos conselhos de sabedoria e generosidade". Anunciava o reinado da lei. Contra os abusos, recorressem ao direito de petição.
Realmente admirável o povo do Rio de Janeiro. Ainda com o sangue a referver do excesso das garrafadas; vencedor que não encontrava opositores, tão esmagadora sua maioria; não se notavam reivinditas nos dias seguintes ao triunfo. Desdenhou os adversários que o haviam insultado e ferido. Nos distúrbios que surgiram mais tarde, o elemento xenófobo não teve papel preponderante; as lutas caracterizam-se por um conflito de partidos servindo a ideias; graças a isto, pôde Feijó vencer a anarquia militar de julho de 1831 e de abril do ano seguinte, recorrendo ao elemento civil.
O Imperador havia convocado a Assembleia em sessão extraordinária por decreto de 3 de abril, e a 6 desse