A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

cristianismo. Parece dominar hoje o parecer, nas melhores autoridades católicas, de que essa foi a tradição apostólica. (3)Nota do Autor A reação ascética começou pelo repúdio das segundas núpcias. Não foi muito longe, entretanto, com receio de cair nos erros dos montanistas e dos cataros; mas, teoricamente, eram elas defesas aos clérigos. As constituições e os cânones apostólicos permitiam a bispos e sacerdotes conservarem sua mulher, desposada antes da ordenação; recebido o sacramento da Ordem, porém, não podiam casar. Deviam todos preencher, quando casados, a frase de São Paulo \"opportet episcopum...esse...unius uxoris virum\".

Sobreveio nova fase de evolução. Influxo da exaltação da virgindade, pregada por escritores e eclesiásticos de nota, com fervor crescente; repulsa indireta, oposta pelos fiéis aos sacerdotes que, havendo feito voto de continência, o não observavam. Talvez também certa aceitação obscura do maniqueísmo, a proclamar diabólica a origem de toda matéria, a começar pelo corpo humano. Todos estes fatores iam se desenvolvendo, sem coação, por livre e espontânea volição dos clérigos, o número dos continentes. Os legados e doações feitos a igrejas e a sacerdotes eram também motivo para condenar o casamento destes, pois os benefícios se faziam a bem do culto, e não para proteger indivíduos, os quais, casados e com descendência capaz de herdar, prejudicariam a Igreja e desrespeitariam os intuitos dos doadores. Viu-se, então, paralelamente, as duas correntes se fortalecerem: a da continência voluntária, a da continência imposta. Esta última, pouco observada, era causa de constantes medidas, umas, conciliatórias, e outras, compulsórias.

Chega-se ao concílio local de Elvira (305) para encontrar a primeira proibição formal. A decretal de Siricio (385)