insistia nesse ponto e ia até a exigência de se separarem das mulheres os clérigos casados, sob pena de desobediência. Leão Magno (461) e Gregorio Magno (604) estenderam a medida aos subdiáconos.
Passam-se três a quatro séculos, nos quais continuam públicas ou ocultas, as resistências do clero e a insistência perseverante de Roma. É preciso, contudo, chegar a São Pedro Damião e a Gregorio VII, o grande Hildebrando, para encontrarmos entre 1045 e 1073, a grande campanha reformista pelo celibato. Do primeiro, a narração dos abusos de que dá testemunho seu Liber Gomorrhianus aprovado por São Leão IX. Do segundo, a visão de estadista, que Coulton tão bem resume: \"When in this latter year (1073) , Hildebrand himself became pope, é took measures so stringent that é has sometimes been erroneously represented not merely as the most uncompromising champion, but actually as the author of the strict rule of celibacy for all clerics in sacred orders. His mind strongly imbued with the theocratic ideal, saw more clearly than any other the enormous increase of influence which would accrue to a strictly celibate body of clergy, separated by their very ordination from the strongest earthly ties; and no statesman has ever pursued with greater energy and resolution a plan once formulated.\"
A resistência era tal que uma dificuldade de outro gênero surgiu: se os fiéis tivessem de fugir de padres incontinentes, daí resultaria ficarem largas cristandades sem recursos espirituais, e, ainda, no ânimo dos leigos podia nascer a suspeita de que a impureza do ministro enfraquecia a virtude de um sacramento. Adotou-se, então, uma política menos severa, dirigida mais contra as companheiras do sacerdote culpado, do que contra este. Tais os males provenientes dessa situação, que nos concílios de Constança (1415) , de Basileia (1432) e no Tridentino (1545) os príncipes empenharam os mais extremos esforços por se abolir no matrimônio o impedimento