seio maternal da Sé ecumênica. Não cuidavam, não se esforçavam, ou não conseguiam vencer suas próprias deficiências. Pela lei do menor esforço, procuravam fosse desclassificada a transgressão, assim desaparecendo a falta por não mais existir o conceito dela.
Feijó, ardoroso e combativo, na defesa da tese que aceitara por convicção, e obedecendo aos impulsos de chefe de governo nato que era, seguira o exemplo de seus predecessores temporais nas grandes pugnas dos concílios, em que o celibato fora confirmado. Mas, sacerdote e obrigado a conhecer os cânones, deles se olvidara, e agira como regalista e galicano, exautorando Roma e ameaçando-a com o cisma.
No primeiro momento, nenhuma resolução se tomou sobre o projeto. Sobre ele temos, além dos documentos incompletos existentes nos Anais da Câmara dos Deputados, as Memórias de D. Romualdo Antonio de Seixas. Consultá-los é cousa que exige muito espírito crítico, pelo modo estranho porque foram escritos.
Manoel Barata, estudioso leal das cousas pátrias, chamava de autoapologia a esse trabalho. Nele reina o tom geral de egolatria, tudo fazendo voltar à intervenção de seu redator; ostentando a falsa humildade, a hipocrisia que consiste em aparentar nulo o valor próprio, mas exaltando a quantos diz ter vencido ou de quem sugere que plagiavam palavras suas. Espírito largo e generoso de caridade cristã, não parece ter presidido à confecção desse opúsculo, tais as expressões pejorativas usadas acerca dos que dissentiam de suas opiniões. Num ponto, é inegável, se lhe deve prestar homenagem: cumpriu sem desfalecimentos seu dever de metropólita da Bahia e de primaz do Brasil, e defendeu dignamente a pureza da ficção católica.
Ao chegar ao Rio, deputado pelo Pará, D. Romualdo viu, em 1826, o projeto de Feijó; consultado por este, lhe não escondeu que não podia aderir à maior parte das ideias de seu manuscrito. Não era o padre, homem