A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

por Araripe, para basear sua guerra civil no Rio Grande do sul (1)Nota do Autor, as inteligências entre farrapos e partidos do Uruguai e das Províncias-Unidas.

A princípio, os republicanos fraternizavam com Lavalleja e Rozas, contra Rivera, Oribe e os unitários de Lavalle, achando-se o primeiro na presidência do Uruguai. Quando Oribe se separou de Fructuoso, passou a ter Lavalleja como seu correligionário bem como a D. Juan Manuel, e então os aliados de Bento Gonçalves e de seu governo foram Rivera, os imigrados argentinos na Banda oriental, e os unitários das Províncias-Unidas, a começar pelos elementos que combatiam Buenos Aires.

Mais poderosa ainda tal colaboração, quando Oribe, enxotado de Montevidéu por seu adversário teve por sucessor no mando ao próprio D. Frutos, que, francamente, mas sem o confessar, forneceu aos rebeldes do Rio Grande os recursos de que dispunha e que tanto os auxiliaram.

Longe de comprovarem a tese de Eduardo Acevedo, de que o governo brasileiro fomentava a revolta na antiga Cisplatina, tais publicações revelam o desgosto das autoridades oficiais por verem os socorros fornecidos, no Rio Grande, aos partidários de Lavalleja, e os esforços por eliminar tal causa de atritos. Na primeira fase, quando o chefe das revoluções uruguaias era esse caudilho, Bento Gonçalves e Bento Manoel o tinham eficazmente protegido, se bem que por forma não ostensiva, e os delegados imperiais não possuíam força para coibir o abuso, tais o prestígio e as ligações dos dous militares e políticos, tanto na fronteira de Jaguarão a Bagé, como na região de São Gabriel às Missões.

Tal situação se mantinha. Ainda em 8 de março de 1835, o marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto oficiava ao presidente Braga, desgostosíssimo, que, no Serrito, o destacamento baiano ali estacionado vira seus efetivos