reduzidos pela facção protetora do chefe dos Trinta e Três, que distribuíra dinheiro de prata entre os soldados. O marechal havia tomado a providência de remover para Bagé esse contingente. "Esta redução, em que falo, e outros muitos casos ocorridos no distrito da vila de Jaguarão são difíceis de se provar, pois, como já disse a V. Exª., a maior parte das autoridades, tanto civis como militares, pertencem ao partido anárquico, e encobrem todos os atentados, que ali se cometem", acrescentava ele. Mudavam-se tais autoridades, mas era geral a inteligência entre antigas e novas, de sorte que o governo central não tinha meios de fazer vingar inteiramente sua orientação de neutralidade, e, pelos desvios de seus subalternos, acarretava a responsabilidade de atos de franca participação na contenda oriental.
Bento Gonçalves fora demitido do comando da fronteira de Jaguarão e do do 4° corpo de cavalaria. Haviam diminuído, sem desaparecerem, entretanto, os auxílios aos insurgentes cisplatinos. Mas, pouco depois, por inacreditável incompreensão política, no tocante às lutas internas do Rio Grande, da qual todo o período até 1845 está cheio de provas convincentes, tinha sido novamente aproveitado, e nomeado comandante das armas. Além dos deveres impostos pelas ordens do governo, para não intervir no conflito, Sebastião Barreto possuía outro motivo de não dar força aos lavallejistas, pois era compadre de Rivera, segundo conta Bento Gonçalves, no ofício a Bento Manoel, a 10 de outubro de 1835, para que exercesse vigilância assídua sobre o marechal, já iniciada a revolta do Rio Grande.
No Rio, quando esta explodiu, constava dispor da conivência "de alguns dos estados vizinhos", dizia Limpo de Abreu a Araujo Ribeiro, em 4 de dezembro de 1835, ao remeter-lhe uma proclamação da regência prometendo anistia.