A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Por seu descaso, perdera a posição invejável vigente nos últimos dias da presidência de Araujo Ribeiro, quando a pacificação já estava caminhando para êxito favorável. E, agora, vivia a hesitar no modo de fazer face às dificuldades. Tergiversava. Nomeava Chagas Santos, velho marechal carregado de serviços, presidente da província. Havia governado de 16 de maio a 6 de junho, quando chegou seu sucessor, que imediatamente se empossou, Feliciano Nuñes Pires. Este só se manteve até 3 de novembro, cedendo lugar ao marechal Antonio Elisiario de Miranda Brito que acumulava as funções do cargo com as de comandante das armas; era o resultado da renúncia de Diogo Feijó e da ascensão ao poder do novo regente Araujo Lima.

Sempre foi plano das regências sucessivas combinar energia com a conciliação, pois lhe repugnava levar a revolta exclusivamente a ferro e fogo. Nunca olvidaria que, rebeldes, embora, eram brasileiros. Mas, ao dosarem os termos aparentemente contraditórios, os quais, no fundo, se harmonizavam e completavam, os presidentes e comandantes das armas sucessivos haviam manifestado sua compreensão peculiar do caso.

Dous, apenas, se salvam na série de delegados imperais, pela eficiência de sua atividade, e isto porque ambos compreenderam que o roteiro a seguir era não descansar no combate à rebeldia, mas, ao mesmo tempo, sempre fazer sentir, e dar as provas, de que o Império ansiava pela submissão à lei e não nutria ódios contra os transviados. Tais excepções foram Araujo Ribeiro, que teria pacificado a província, se lhe fossem continuados os poderes como presidente, associado a Bento Manoel como chefe militar; e Caxias que, dispondo de todos os poderes civis e militares, obedeceu à mesma orientação, para a qual teve o auxílio do mesmo Bento Manoel. Poder-se-ia citar terceiro, Soares de Andréa, se a inábil e mesmo incorreta intervenção