A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

de Antonio Carlos, no ministério da Maioridade, lhe não tivesse anulado as iniciativas.

Os demais não trabalharam, agitaram-se apenas, no problema da chamada do Rio Grande ao grêmio brasileiro.

Do sul as notícias enviadas pelos nossos representantes em Buenos Aires e em Montevidéu eram fidedignas, e se verificavam reciprocamente. De 1831 a 1837, Miguel de Almeida Vasconcellos foi encarregado de negócios nesta última capital, e daí passou para a Argentina, no mesmo caráter, até 1839. Inversamente, de 1834 a 1837, Gaspar Lisboa serviu, com o mesmo posto, em Buenos Aires, e daí foi transferido para o Uruguai, onde permaneceu até 1840, com curta interrupção de sete meses, de 30 de setembro de 1837 a 10 de maio de 1838, em que nos representou Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, o futuro barão do Quarahim, chefe político de valor no Rio Grande do sul.

Não variou também a diretriz regencial: manter neutralidade nos conflitos, acatando os governos legais e procurando evitar que o Brasil se transformasse, em sua província do sul, em base de ação contra eles. Não podia, contudo, tornar efetiva tal política nas regiões onde dominava a revolução republicana. Esta, ao contrário, era francamente adesa aos rebeldes uruguaios, a princípio com Lavalleja, e depois com Rivera e Lavalle. Logo após a fuga de Fructuoso e de sua junção com Bento Manoel, começaram as incursões em território cisplatino.

Em fevereiro de 1837, Oribe pediu licença à Assembleia para ir chefiar o exército. Pouco antes, os revolucionários às ordens de Luna tinham desbaratado uma força de Manuel Lavalleja. Em maio, era o próprio chefe dos insurrectos que, à frente de 900 homens, se aproximava da fronteira. Em julho, porém, retrocedia para ir combater com a gente do Rio Grande.

Não se apresentava bem a campanha para o Império. As mudanças do pessoal governativo, a mobilidade