A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

dos alvos, as alternativas dos processos, enfraqueciam a legalidade, ante um adversário muito mais manobreiro, agindo no terreno por ele próprio escolhido, com inteligências em todo o território da província. Inda assim, houve tentativas de conciliação partidas de ambos os grupos, Domingos Crescencio, pelos republicanos, John Pascoe Grenfell e Silva Tavares pelos legalistas. Rechaçou-as o presidente de então, o general Chagas Santos, em meados de 1837. Dava-se o revés das tropas oficiais no Triumpho, em 12 de agosto.

Das duas estações diplomáticas no Prata, vinham notícias precisas, enviadas pelos nossos agentes: narravam auxílios prestados aos rebeldes pelos governos platinos. Tão insistentes e provadas, que começou a tomar corpo a ideia de abandonar a política de neutralidade, para chamar a colaboração das repúblicas espanholas em favor da legalidade, no Brasil. Em 3 de junho de 1837, entabolou-se entre o governo imperial e o de Oribe, em Montevidéu, uma negociação nesse sentido.

As bases sugeridas, diz Pereira Pinto, eram resumidamente as seguintes (2)Nota do Autor: auxílio recíproco, constante de forças de terra e de mar, bem como de recursos pecuniários; as tropas de cada nação conservariam seus uniformes, e seriam comandadas por um chefe geral do país, em cujo território operassem; os criminosos políticos seriam imediatamente retidos e enviados para longe das fronteiras, ficando ao arbítrio do governo, do qual fossem súditos, marcar o lugar de internação, para onde receberiam passaporte; desarmamento e internação das forças rebeldes que passassem de um para outro país; entrega recíproca dos chefes da rebelião; ao governo do país em que rebentasse a revolta, caberia designar os chefes. Uma cláusula especial regulava os limites: Oribe exigia poder ocupar com suas tropas o território entre o Ibicuí-Mirim e o Ibicuí-Guaçu,