impotência do Império para restabelecer a ordem, a fim de justificar sua esquivança a nomear plenipotenciários para o ajuste do tratado de paz definitivo, a substituir o preliminar de 27 de agosto de 1828, e sua pretensão a que se lhe concedesse licença para perseguir a Rivera no próprio território rio-grandense. Constava que um enviado seu já se encontrava no Rio para esse fim. A comissão indignava-se contra pretensões tais, e assegurava ao governo o pleno apoio e a inteira colaboração da Câmara.
Dos Anais não constam discursos, impugnações e argumentos. Deviam ter sido muito renhidos os debates, entretanto, pois o parecer passou por um voto apenas, 41 contra 40. Entre estes, declararam sua desaprovação Bernardo de Vasconcellos, Calmon, Francisco do Rego Barros, Manoel do Monte, Antonio Ferreira França, Sebastião do Rego Barros, Maciel Monteiro, para citar apenas os nomes mais conhecidos.
Não parece despropósito ver aí uma arregimentação partidária, pois figuram na lista os homens que mais colaboraram para a queda de Feijó, e para ascensão ao poder do gabinete de 19 de setembro de 1837. E, contudo, a resposta não podia ser outra, pois ante a ameaça estrangeira se impunha a frente unida e única da nação.
Quem já se achava no Rio, com uma incumbência relativa à política do Prata, e à negociação gorada que tivera início em Montevidéu entre Oribe e o encarregado de negócios do Brasil, era Carlos Q. Villademoros, que, a 7 de agosto, apresentou suas credenciais.
Quisera o presidente uruguaio, inteligentemente, aproveitar as dificuldades do governo imperial, a fim de solver a questão de limites, e fechar a fronteira aberta no tratado preliminar de 1828. As negaças de Montevidéu, sua atuação dúbia quanto aos republicanos rio-grandenses, visavam, no fundo, obter do Brasil sua cooperação contra as intentonas e rebeldias de Fructuoso. Para o conseguir, vinha Villademoros reatar os fios rotos dos pourparlers de