A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

junho. Queria negociar um tratado ofensivo e defensivo entre os dous países.

Uma preliminar, contudo, impunha Oribe: a prévia delimitação definitiva da divisa, não de um modo qualquer, mas de acordo com os termos precisos de Santo Ildefonso, em 1777.

A 11 de setembro, o governo tornou a pedir nova sessão secreta, que teve lugar no dia seguinte. Nela, além de novos documentos vindos de Montevidéu, expôs o pensamento da regência sobre a proposta oriental. Considerava útil ao Estado uma aliança ofensiva e defensiva das duas nações, e para isso nomeara o encarregado de negócios na antiga Cisplatina, Manoel de Almeida e Vasconcellos, plenipotenciário. Ao entabolar as trocas de vistas, apurara este que as intenções do governo uruguaio eram, preliminarmente, embora sem prejulgar a solução final, ocupar a título temporário como fronteira a linha do Ibicuí-Guaçu até a Coxilha-Grande passando pelo Ibicuí-Mirim, de acordo com o tratado de limites luso-espanhol. Averiguara mais, por declaração dos plenipotenciários uruguaios, que estavam resolvidos a entrar no território do Brasil, logo que assim julgassem conveniente para derrotar a Rivera.

Villademoros, no Rio, comunicara a mesma cousa, manifestando os bons desejos de seu governo em receber favoravelmente qualquer proposta da regência, no sentido de debelar a revolta do Rio Grande, mediante o emprego de forças orientais.

Não escondia Feijó sua opinião favorável: "Pesando todas as dificuldades em que se tem achado o governo relativamente à insidiosa e sanguinária rebelião da importantíssima província do Rio Grande do sul, onde seria mui vantajosa uma força habituada àquele gênero de guerra", redigira Montezuma.

Foram os papéis à mesma comissão especial, eleita em agosto, na qual achou repulsa digna a lamentável fraqueza