pois precisavam de hostilidades e do auxílio francês para levarem a efeito seus próprios projetos: derrubar os federais, e dar ganho de causa aos unitários, para Lavalle e seus amigos da Commissão Argentina de Montevidéu cooperarem em eliminar um governo hostil à Rivera. E a incapacidade do vice-cônsul não compreendeu que, ouvindo-os, subordinava os interesses da França, a que julgava servir, aos vaivéns das lutas partidárias dos caudilhos platinos.
Um erro arrasta outro. Cedendo a seus aliados, Roger, a 9 de outubro, recusou a proposta; só tinha poderes para reclamar, não para negociar condições. Mentiu, até, alegando novas instruções recebidas de Paris, sem que houvesse chegado barco algum pelo qual tivessem podido vir. Logo e logo, a 2 do mesmo mês, deu-se o ataque a Martin Garcia por forças francesas e riveristas, no qual a escassa guarnição argentina sustentou, mesmo vencida, a honra da bandeira.
Rivera não agia somente com orientais, ligava-o um pacto com os republicanos rio-grandenses. Cartas de Fructuoso, de Lavalle, dos chefes farrapos, publicadas por Saldías (2)Nota do Autor, mostram quão íntimas as relações entre todos eles; cruzavam emissários frequentes entre Caçapava e os acampamentos aliados do Uruguai. Em carta de 10 de julho de 1839, D. Frutos escrevia a Lavalleja, com quem queria reconciliar-se, que \"el general Martinez sala para Caçapava con el carácter de agente confidencial cerca del gobierno republicano, y con el objeto de hacer efectivo el tratado privado que tuvo lugar en septiembre del ano pasado en mi cuartel general al frente de Paysandú cuando allí vino el coronel Matos, y de que V. tiene noticia. Ya he dicho a V. que ese negocio está perfectamente arreglado, y que ahora vá á dársele la última mano para afianzarnos definitivamente\".