Heterogêneos, todos esses elementos. A França queria indenizações e favores a seus nacionais; os unitários queriam vencer Rozas e derrubar aos federais, mas tendo em mira uma solução argentina; Rivera aceitava os auxílios, visando mais alto, separar algumas províncias da Confederação, para, com o Rio Grande, ampliar até o Paraguai o linde da antiga Banda oriental, constituindo assim a solução uruguaia. Que coesão poderia haver entre servidores de alvos tão divergentes, mesmo pondo de lado os inevitáveis conflitos de vaidades, de amor-próprio, de aspirações, entre caudilhos de valor moral e de cultura extremamente diversos?
Incontestavelmente, o papel menos inteligente foi o da França. Forneceu recursos, meios de transporte, armas e munições, tropas mesmo, aos contedores de uma peleja, que era estranha aos interesses motivadores do bloqueio. E este, para se realizar, só em escala muito reduzida precisaria do auxílio em terra; mais do que isso, resolvida a levar por diante o absurdo que era tal operação, dispunha a esquadra de meios para impor pela força a utilização de portos uruguaios, quando lh'a recusassem as autoridades locais.
A viagem de Roger (?) feita a Paris, em meados de 1838, tinha levado o gabinete a aprovar bloqueio e operações anexas; mas daí a colaborar com os adversários de Rozas, nos termos estabelecidos que faziam da esquadra a fornecedora de recursos em homens, munições, armas e dinheiro, aos unitários e aos orientais, era positivamente pôr os franceses em situação ridícula, só compreensível pela fraca idoneidade profissional de Roger. Mais tarde, Soult o faria sentir.
Tomaram então as autoridades consulares francesas a direção dos acontecimentos. Corrientes, separando-se da Confederação, uniu-se a Rivera por um tratado de aliança de 31 de dezembro de 1838, negociado por Mr. de Martigny. A província renegava seu aplauso a Rozas, com o fito de obter a suspensão do bloqueio em suas