A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

os franceses sua cooperação no tentâmen. Recusou tenazmente o fuzilador de Dorrego, até que afinal cedeu ao esforço persuasivo de D. Florencio Varela.

Para Rivera, contudo, era um golpe; invejava ao argentino, militar instruído, leal, heroico, de ilimitada abnegação, com uma folha de serviços fulgente de glória. Recebeu friamente a notícia. As insistências por demovê-lo dessa mal dissimulada recusa de aceitar Lavalleja como seu auxiliar, punha a este na posição humilhante de solicitante, quando, ao contrário, fora insistentemente convidado a prestar seu nome e seus esforços. Inda assim, a Comissão obteve que o general unitário, a 5 de abril, escrevesse ao ditador oriental, pondo-se às suas ordens. A 18, respondeu D. Frutos, recusando e aconselhando ficasse em Montevidéu o tempo que quisesse. Era a fase dos ensaios de concórdia em Buenos Aires.

Os franceses iam desenvolvendo sua ação. Em fevereiro, março e junho de 1839, o almirante Leblanc atacou os portos de Zárate, de Atalaya e o arroio de Sauce, sendo rechaçado em todos os três assaltos. Quando Lavalle viu a oposição de Rivera, deliberou agir a sós com seus 160 companheiros, independentemente dos orientais, mas de acordo com a esquadra. Apesar do esforço de Fructuoso por aprisionar o bando unitário, a 2 de julho a força expedicionária e seu chefe embarcavam nos navios da esquadra, após terem sido recebidos no consulado de França, onde Leblanc, o encarregado de negócios Martigny, e o cônsul Baradère os esperavam. Seguiram para a ilha de Martin Garcia, que ocuparam.

Rozas, entretanto, havia desdenhosamente repelido as iniciativas de Rivera. Ante o fato consumado da entrada em campanha de Lavalle e de seus comandados, e da humilhante repulsa do governador argentino, o presidente uruguaio teve de se curvar. Declarou-se cooperador sem restrições dos planos do general unitário.

A Commissão Argentina multiplicava intrigas e conspirações, e não se limitava a angariar meios de derrubar