A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

A princípio, acedeu, mas pouco depois experimentou uma revolta íntima: como apresentar-se ao homem que havia traído, e como justificar-se sem revelar os fios da conspiração em que tanta gente estaria comprometida? Resolveu-se a abandonar os cargos de que estava investido. Entrou na Sala dos Representantes para redigir aí renúncias. Aí, a 27 de junho de 1839, dous assassinos o mataram, enquanto escrevia os ofícios de demissão.

A Rozas acusaram do nefando crime, mas era evidente a injustiça; provam-no as tentativas feitas para salvar a Maza, e ainda o poder legal que o governador possuia para o punir, se quisesse, como fez com o comandante, fuzilado no carcere por ordem sua. A explicação verdadeira é outra, a que dava o próprio chefe do Estado. Interessados em evitar esclarecimentos comprometedores, que abrangeriam inúmeras personalidades dos dous partidos, fizeram calar a boca que os podia acusar. Chefes unitários, dizia Rozas. É lícito duvidar de autoria tão exclusiva, pois do lado federal também existiam cumplicidades mais ou menos sabidas. O assassino foi preso, entretanto, e executado. Fez-se o silêncio sobre os demais, exatamente para não exacerbar ânimos em momento tão delicado.

Dessa data começou o uso da divisa \"mueran los salvajes unitarios\".

O trágico desenlace paralisou, a princípio, o trabalho revolucionário de Castelli, dos Ramos Mexia, de Rico e outros a sul da província. Recobraram ânimo, todavia, e pediram a Lavalle apressasse sua partida de Martin Garcia, onde se achava. O general e seu chefe de estado-maior o coronel Chilavert, queriam obedecer ao apelo, mas, debatido o alvitre em conselho, foi repelido pela maioria.

Para os conspiradores, completo foi o desalento. Levou-os a suspender seu esforço.

Lavalle, então, sempre em navios franceses, transpôs o rio Uruguai, a 2 de setembro, e invadiu Entre Rios. A 22, derrotou em Yeruá o exército entrerriano, comandado