A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

exasperar-se a discórdia entre ambos. A situação tornava-se intolerável; graças às rivalidades e vaidades feridas, todos mandavam e desmandavam. Chilavert retirou-se, magoado pelas desconsiderações sofridas. Cartas íntimas, por ele escritas a amigos de Montevidéu, narrando episódios e justas queixas, divulgaram-se, por forma inexplicada até hoje; aproveitadas por inimigos, serviram a Rivera contra Lavalle, e a Rozas contra ambos.

Desenhava-se iminente o conflito entre o presidente uruguaio e o general argentino. O primeiro, a seguir sua política, nacional, de um Uruguai maior, aspirava ao mando supremo em toda a zona ocupada. Contra tal desmembramento da Argentina, indignava-se Lavalle, que propugnava a queda dos federais, mas mantendo íntegro o território da pátria. Ia depender, em grande parte, dos franceses o resultado da contenda; se auxiliassem a Rivera, triunfaria este; inversa a situação, se dessem força a Lavalle.

Nisto se deu mutação forçada da política da França no Prata.

Compreendera o gabinete do duque da Dalmacia o caminho errado seguido por subalternos pouco atilados, na questão com a Confederação. Tão obcecados em seus intentos, que, ao iniciar-se o avanço dos unitários, havia Martigny comunicado oficialmente ao chefe da invasão que tinha pedido a Paris remetesse uma força expedicionária de 6.000 homens com todo o necessário para levar a cabo a campanha.

Soult é que não achara acertado o alvitre. Em nota confidencial de 26 de fevereiro de 1840, a Martigny, da qual Rozas conseguiu ter cópia, que logo publicou, e que Saldías reproduz traduzida (3)Nota do Autor, enviara-lhe delicada, mas firme, advertência de que seguia rumo inconveniente aos interesses franceses.

Medida necessária, Leblanc era substituído pelo