Luxembourg, em 1° de dezembro, estava de volta a Paris. Logo começaram as negociações, bastante acesas, entre Richelieu e Brito, cada qual inflexível em sua tese. Em maio de 1817, haviam as cousas chegado a um impasse, e Brito reclamou a prevista mediação inglesa. Incumbido de tal missão, sir Charles Stuart, embaixador junto à corte da Restauração, apoiou a opinião portuguesa, mas com o corretivo de serem provisórios os limites. Só depois de Palmella ter intervindo em Londres, junto ao gabinete de St. James, pôde Stuart apoiar integralmente a pretensão de D. João.
Muito descontente pela procrastinação, Richelieu aprontou em Brest uma esquadra com destino às águas brasileiras, e levou o dissídio ao tribunal dos aliados. A Áustria excetuada, todos lhe deram razão; os limites de Viena eram provisórios, e se não houvesse um arranjo pacífico, poderia a França tomar Caiena pela força das armas. Isso mesmo notificou Stuart ao diplomata português, e acrescentou que era também seu parecer.
Teve de ceder, portanto. Quis, pelo menos, se estipulassem como provisórios os limites que propusera como definitivos. Houve debate, quanto a esse ponto. A linha do Oiapoque estava firmada, mas era preciso fixar até que ponto, e, além disso, onde terminaria a oeste. A ideia foi definir esses dous lados de um ângulo reto, por um meridiano e por um paralelo. A Inglaterra, senhora da parte ocidental da Guiana holandesa, tinha empenho em recuar o primeiro para este, e Brito nada teria que opor, pois quanto mais oriental o linde, mais defendia o Brasil, cujo território só se reclamava nessa zona até o Rupununi. Foi Wellington, ele próprio, que em casa de Richelieu, e na presença do ministro de D. João, propôs que se adotasse o meridiano de 322° a este da ilha do Ferro, em vez do de 42º a oeste dela, o que correspondia a 318° este, proposto por Brito. Deu-se o acordo.
Quanto ao paralelo, tanto Richelieu como o Iron Duke negavam ser necessário, apesar do português sustentar