A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

filho de Caiena, influente, o Sr. Noyer, publicou uma brochura pugnando pelo linde Carapaporis-Araguari, paralelo ao Amazonas. Renovou a insinuação em 4 de setembro de 1829 em carta à Societé de Géographie de Paris, a qual foi publicada nos Annales maritimes et coloniales de janeiro de 1830.

Aí, logrou êxito o conselho. Jubelin, governador de Caiena, contratou Leprieur para estudar a possibilidade de levar a efeito o programa de Noyer.

Com a revolução que levou Luiz Philippe ao trono, tornou-se mais intenso o audacioso trabalho. Um membro do Instituto de França e da Société de Géographie, irlandês, Warden, aproveitando um erro de impressão de Barreto, e intercalando uma latitude falsa na Corographia Brazilica de Ayres do Cazal, afirmou que era de 1°30\' norte a latitude do rio-fronteira de Utrecht. Seria, pois, o Araguari. Em 4 de abril de 1834, foi lido na Société de Géographie o relatório de Leprieur. Fez época, e chamou a atenção de um funcionário superior do ministério da marinha e das colônias, cientista de alto valor, cujo nome se celebrizou no pleito, d\'Avezac. Warden, em novembro de 1834, em novo livro, afirmou terem os franceses demonstrado que os limites, em 1713, eram o rio Iapoc, ou Vicente Pinzon, a N.O. do cabo do norte, o Araguari, e uma paralela ao Amazonas, mas que a solução vantajosa se apresentaria traçando a divisa pelo meio do Amazonas, o Negro, o Branco e o Tacutu. E a 31 de março de 1835, o Journal de la Marine publicava uma carta da Guiana, dando o nome de Yapoc ou Vicente Pinzon a um riacho a N.O. do cabo norte.

Já Leprieur não estava só a explorar o Oiapoque e o Uaçá; desde janeiro a fevereiro de 1831, Adam de la Bauve percorria o Jari e outros afluentes do Amazonas, vindos da Guiana. O governador de Caiena, avisadamente, associou estes dous homens. Da exploração conjunta resultou não poder Leprieur concluir a tarefa que lhe cabia, e voltou só tendo conseguido descer o Jari poucas léguas.