"un modèle d'habilité et de convenances". Ei-la: (1)Nota do Autor
"Em sua carta, datada de 29 de agosto último, V. Exª. me anuncia que, em virtude de ordens de seu governo, tomou posse dos limites da Guiana, para o lado do sul, conforme as disposições do tratado de Amiens. Embora já tivesse sabido que existiam algumas forças francesas em Vicente Pinzon (2)Nota do Autor ou no lago do Amapá, me parecia impossível que fosse em virtude de uma ordem ministerial; acreditava que fosse a estada efêmera da tripulação de algum navio, para estabelecer uma estação clandestina de pesca, ou mesmo uma escala de navio de guerra, para tomar água ou lenha, nunca, porém, para proceder a uma ocupação de território.
Tal ocupação, fosse mesmo estipulada nos tratados, não deveria fazer-se sem aviso prévio, sim por comum acordo entre os dous governos. Os tratados de paz que se celebram entre as nações são precisamente destinados a modificar as estipulações anteriores, e são sempre os últimos tratados que servem de regra entre potências aliadas e amigas. Por isso, fossem quais fossem as convenções feitas entre as Coroas de Portugal e de França, antes da acupação do Reino de Portugal pelo exército francês, sob o comando do general Junot, foram rasgadas em 29 de Novembro de 1807, dia no qual a Rainha de Portugal foi forçada a abandonar seus Estados da Europa para estabelecer no Brasil a sede de seu governo. A conquista da Guiana francesa, levada a cabo pelas tropas da Província do Pará após uma declaração de guerra, foi nesse momento um ato necessário para preservar a paz nas províncias do norte do Brasil, e ao mesmo tempo um ato de Justiça, dada a usurpação, não provocada, de todo o Reino de Portugal,