A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

classes, vindo a província quase a separar-se do Império, dominada por mestiços de origem tapuia. Em muitos casos, um vago sebastianismo inspirava aos balaios, aos facciosos de Pernambuco e do Ceará. Fenômeno menos raro do que se pensaria, ligado quiçá a fatores étnicos e sociais mais fundos. Em dias recentes, reproduziram-se na longa agitação que, do Ceará e do alto sertão pernambucano, passou para a região do São Francisco e do Vasa-Barris, e foi terminar no desolador episódio de Canudos, em 1897.

Serenaram, em seu conjunto, os que se baseavam em impulsos absolutistas e restauradores, quando, a 24 de setembro de 1834, morreu D. Pedro, duque de Bragança, cuja volta ao Brasil queriam seus partidários, sem que, por parte do primeiro imperador, o menor gesto autorizasse a supor nutrir tal intento o grande proclamador da Independência. Mais até, quando Antonio Carlos, falando pelos Andradas, o foi procurar na Europa, em 1833, para lhe falar e pedir voltasse ao Brasil, a fim de chefiar a restauração do regímen anterior ao 7 de abril, D. Pedro repeliu a ideia.

Morto ele, desorganizou-se o partido absolutista, abandonando o campo alguns de seus membros, evoluindo para os moderados os elementos mais plásticos, mais esclarecidos e propensos a colaborar no quadro constitucional. Iriam figurar na maioria esmagadora, quando Vasconcellos, liberal de vanguarda, se passou para o partido de defesa da ordem, tão grande e tão nobre nessa nova atitude de mantenedor da autoridade, quanto o fora no ataque aos abusos e excessos do poder arbitrário do governo do primeiro reinado.

Ainda tal se não ostentava a situação dos partidos, ao iniciar-se a reforma constitucional em maio de 1834, na abertura da nova legislatura, como ordenava a Constituição.

Fenômeno comum a toda a América do sul, nas deliberações governativas, exerciam largo influxo agrupamentos,