o gabinete do Rio reclamar a retirada das tropas, quando era manifesto que os direitos franceses iam muito além do trecho ocupado. Soult, a 3 de julho, confirmava tal parecer, e cortava qualquer possibilidade de acordo. Afirmando mais uma vez a tese do Araguari, terminava: \"Dès lors, il ne voit aucun motif d\'acquiescer à la demande renouvelée dans la note de M. l\'Envoyé do Brésil. Il n\'en aperçoit pas davantage pour que le Gouvernement Impérial lui-même persiste dans une exigence inadmissible, et qui, en se prolongeant, ne pourrait avoir d\'autre résultat que d\'éloigner, sans nécessité, le moment ou l\'on pourra procéder, d\'un commum accord, au règlement définitif des limites de la Goyane\".
Parecia fechada a porta da negociação. A da mediação inglesa, solicitada desde o começo do ano, e que fora prestada, também não estava produzindo resultado. Veio a reação do próprio Brasil, onde as lutas partidárias emudeceram, para se unificar a nação em torno da bandeira. Desse ponto de vista, é instrutiva a discussão do voto de graças, nesse tópico, na sessão de 6 de junho de 1839; a do pedido de informações do deputado Carneiro da Cunha, a 8 e a 10 do mesmo mês, do mesmo modo. Os mais altos nomes do Parlamento uniram-se em afirmar solidariedade nacional, sem gabolices, mas serenamente dispostos a ir até onde fosse preciso, para defender o solo pátrio.
Começou o frêmito na discussão do voto de graças. A Fala nada dissera sobre a desagradável pendência, mas a resposta lhe dedicava um trecho. \"Registando a paz restabelecida com a Santa-Sé, acrescentava: muito se apraz em pensar que a prudência e circunspecção do governo imperial, aproveitando-se dos sentimentos de interesse e benevolência, que as nações estrangeiras manifestam em favor do Império, poderá obter a evacuação das tropas francesas, que atualmente ocupam a margem direita do rio Oiapoque, sem ser preciso alterar a boa inteligência que existe entre as duas nações\".