A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Há quatro períodos no domínio inglês da Guiana. De 1781 a 1782, fase transitória durante a guerra generalizada decorrente da independência dos Estados Unidos, e a que pôs fim o tratado de Versalhes de 1793. A partir de 1796 até 1802, foi consequência da luta contra a França e seus aliados, terminada pela paz de Amiens. A terceira foi a ocupação militar de 1803 a 1804, e a quarta desta data em diante, ocupação definitiva após a derrota de Napoleão, e os tratados consecutivos à invasão da França pelos aliados, tendo a Holanda consentido na entrega definitiva dos estabelecimentos de Demerara, Essequibo e Berdice.

Para o primeiro período, temos a carta feita sob indicação do governador local inglês, o comandante Thompson, mapa publicado em Londres, em 1783, por L. S. de Rochette. Neste documento, o território que depois se tornou litigioso era tido pela Inglaterra New Andulusia or Province of Guiana, e a posse inglesa nem chegava à nascente do Rupununi. Um despacho do mesmo oficial, a 22 de abril de 1781, falando da baía do Essequibo, diz que recebe três grandes rios que penetram na América espanhola, o que significa que as nascentes deles estavam fora da posse inglesa.

Para a segunda fase, existe o mapa oficial do coronel Hislop, que dá a divisa pelo Rupununi.

Entre o terceiro período e o quarto, temos o tratado de Amiens, pelo qual a Inglaterra reconhecia que as regiões a norte do paralelo de 2°30' (paralelo das nascentes do Araguari) pertenceriam à França. Fosse qual fosse o primeiro possuidor, Portugal ou França, não podia ser a Holanda, logo, ao reocupar Essequibo, a zona em questão estava separada da colônia.

Em 1811, uma expedição inglesa subiu as águas do Rupununi que reconheceu como limite da jurisdição portuguesa.

Sir V. d'Urban, governador inglês, oficiava a lord Goderich, a 18 de outubro de 1827; traçando a fronteira,