A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Com eles vinham quinze pessoas, das quais cinco eram escravos. Simon era capitão de milícias; Hancock, médico, e van Sirtema, tenente-coronel, era o chefe de todos.

Esperaram até março, à margem do Rupununi, a resposta de Victorio da Costa, e então resolveram ir até São Joaquim, com o passaporte inglês que tinham. O comandante, muito atrapalhado com sua falta de recursos, recebeu-os como pôde. Da barra do rio Negro, vinham auxílios de provisões e bebidas, enviadas pelo governador, ordenando este os acolhesse solicitamente.

A missão era de ingleses, incumbidos de pacificar duas tribos do alto Rupununi. Van Sirtema queria voltar para a Europa, via Belém do Pará.

Em São Joaquim ficaram até 2 de março, muito contentes com o agasalho, e aflitos cem a demora do governador em responder ao pedido de permissão de ir a Belém. Resolveram voltar todos para o Rupununi, menos o médico e o tenente-coronel, a fim de esperarem a decisão de Victorio da Costa. Veio esta a 26: não podia conceder licença sem prévia autorização do capitão-general do Pará, e isto levaria um ano. Desenganados, deixaram o forte a 20 de maio tanto o tenente-coronel van Sirtema quanto o Dr. John Hancock, e voltaram para o Rupununi e daí para o Surinam.

Muito gratos pelo tratamento recebido, apesar das dificuldades com que lucravam os portugueses, provaram esses expedicionários, acatando as ordens recebidas pelo oficial de São Joaquim, que reconheciam legítima a jurisdição lusitana dentro nos limites até onde se estendia, isto é, o próprio Rupununi em sua margem esquerda.

Assim também, em abril de 1812, o naturalista Charles Waterton saiu de Stabrock, a viajar pelo sertão de Demerara e de Essequibo. Um de seus fins era obter para estudo porções apreciáveis do veneno usado pelos indígenas, o ourali ou curare; outro fim era chegar até o forte português.