A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Finalmente, em 1834, veio de Caiena, pelo Pará e pelo rio Negro, o francês Adam de Bauve; sobe os rios até São Joaquim, e daí prossegue pelos afluentes do Essequibo e por este, encontrando em Mazaruni o primeiro estabelecimento inglês.

Todos afirmam a mesma cousa: deserto, provações, privações, soberania portuguesa sobre malocas indígenas, nenhum indício de presença de brancos de outra nacionalidade.

E assim chegamos a Roberto Schomburgk, em 1835.

No ano anterior, a Royal Geographical Society de Londres resolvera fazer explorar o interior da Guiana inglesa. O chefe escolhido foi o alemão Roberto Schomburgk, que, em Georgetown, aprestou a expedição.

Seu fim era dúplice: determinar a geografia física e as coordenadas geográficas da região; ligar os resultados colhidos aos de Humboldt, no Alto Orinoco. A segunda parte só se encetaria, finda a primeira.

A 21 de setembro de 1835, partiu de Georgetown, subiu o Cuyuni, o Essequibo, e a 23 de outubro entrou no Rupununi. Prosseguiu águas acima, até a foz do riacho Annay, que, diz ele em seu relatório à sociedade científica inglesa, "é usualmente considerado como a extremidade S.O. da colônia britânica". Aí passou todo o mês de novembro.

Voltou ao Rupununi, que continuou a subir, visitou o lago de Amacu. A 15 de janeiro de 1836, em seu relatório, declara "sendo o rio Rupunoony geralmente designado das suas nascentes ao seu cotovelo como a linha de limites entre a Guiana britânica e o território brasileiro, e sendo-me impossível encontrar gente que me acompanhasse mais alto no Essequibo, uma terra incógnita para todos deste lado, resolvi subir o Rupunoony, até aonde as circunstâncias o permitissem".

Em certo ponto, soube que o capitão Cordeiro, do forte de São Joaquim, a quem havia escrito, estava em Pirara. Mandou-lhe um portador, e, no dia seguinte, o oficial